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Dialogo A Uma Só Voz

Versos de amor, de crítica, de meditação e de sensualidade ao sabor da rima e da métrica...

Dialogo A Uma Só Voz

Versos de amor, de crítica, de meditação e de sensualidade ao sabor da rima e da métrica...

23 Jan, 2006

O LUNÁTICO

Não quero falar de versos Isso já passou à história Assuntos muito complexos Não são prá minha memória... Não quero saber da métrica Dá-me cabo do juízo Pra cantar minha poética Da métrica não preciso... Meus versos são geniais Posso dizer em voz alta As regras gramaticais Não me fazem qualquer falta... Não são alucinações Isto não é fantasia Nem sequer uma mania Componho e canto canções... Se os autores mais famosos, Pla métrica subjugados, Fossem como eu (...)
17 Jan, 2006

TANTAS BANDEIRAS!

Tantas, tantas, as bandeiras E tão poucos são os golos Pelas maiores peneiras Passam os que são mais tolos! Os helenos são tão altos Que saltam lá nas alturas Com tão altas criaturas Só tivemos sobressaltos! Eles acreditam Eles têm de acreditar Eles acreditam Nas bandeiras a voar Eles acreditam Eles têm de acreditar Se põem os pés no chão Deixam logo de sonhar... Depois dos gregos jogaram E quatro vezes ganharam Os valentes portugueses Antes dos gregos venceram E muito (...)
13 Jan, 2006

O TELEMÓVEL

O telemóvel, olha, olha, Recebi uma chamada Esta rápida recolha Não me custou mesmo nada! Estava aqui na algibeira Esta geringonça Briquedo adulto De criança! Braço dobrado Mão na orelha Lá vai extasiado O autómato aselha!
09 Nov, 2005

AS APARÊNCIAS

A pessoa que aparece Num pobre e triste programa Morre por uma aparência... Será que não enlouquece Quem esquece onde aparece E burro a si mesmo chama Quando cheio de premência Das aparências reclama?
08 Nov, 2005

O JORNALEIRO

Se aproxima esvoaçando Um pavão aperaltado Que somente me vê quando Já estou olhando pró lado. No meu campo de visão Quem entra vejo eu primeiro Inda mais um jornaleiro Que já me apertou a mão! Um jornaleiro atrevido Que à face dum seu leitor Se encolhe e foge escondido Como que dum malfeitor! Ao longe um príncipe encantado Enfarpelado a rigor Ao perto um mal encarado Que às roupas tira o fulgor!!!
04 Nov, 2005

A BIBLIOTECA

Na "NET" fiz meus preparos Pra conseguir o que queria Porém, surgiram reparos Cheios de vil ousadia. Nesta vossa biblioteca Plo que posso perceber Faz figura de pateta Quem quer e sabe aprender. Afinal sou um "poeta" Que só quer passar a limpo Nesta vossa biblioteca Os versos que faço e sinto: Oh no! Neither "Word" Nor "Excel" Are available Nowadays But you just may, mister Abel, Enjoy the "NET" in many ways... You're indeed very kind (...)
04 Nov, 2005

A ESPERTEZA

Burro que da pele faz uso Afasta-se da tolice O que veste a pele do urso É mais burro que a burrice. A ´sperteza é uma lebre A tartaruga -- a inteligência Só age de ânimo leve Quem se nega à evidência. Proceder de modo igual Em diversa circunstância Não só desafia o mal Como é prova de ignorância...  
30 Out, 2005

MORRER AOS POUCOS

Morre aos poucos quem de si Sabe apenas quase nada Pedra pouco lapidada Dia sem Sol que sorri. Veraneia inconsciente Iludida do que tem Cercada de muita gente Que lhe quer nem mal nem bem. Árvore de perenes folhas Deixada ao abandono Do saber daqueles trolhas Que a vêem nua no Outono...
26 Out, 2005

EM SOBRESSALTO

Quem se mira no espelho E nunca fica sereno É capaz de ver veneno Até no melhor conselho. E ofende-o a valer, Embora não lhe pareça, Não o que ele ouça dizer Mas o que traz na cabeça. Ninguém se põe lá no alto Nem põe os outros no fundo Só quem vive em sobressalto É que vê assim o mundo. E, porque lhe chamam burro, Por força não o será Se meditar bem, verá Qu (...)
25 Out, 2005

AS CHAGAS DO TERROR

O desabrochar duma flor O perfume que ela exala E que tão fundo nos cala São 'xpressões cheias de amor Da natureza que fala... A árvore que nasce e rompe Pela terra e pelo ar E que cresce sem parar Se o homem não a corrompe Muito tem para nos dar... A mãe natureza ensina Mas o homem nunca aprende E nem sequer compreende Que afecta bastante o clima Com as acções que empreende... As (...)