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Dialogo A Uma Só Voz

Versos de amor, de crítica, de meditação e de sensualidade ao sabor da rima e da métrica...

Dialogo A Uma Só Voz

Versos de amor, de crítica, de meditação e de sensualidade ao sabor da rima e da métrica...

03 Nov, 2005

O PENSAMENTO

Ouço falar de arrogância Assim como de humildade Com falta de relevância E pouca profundidade. Almejamos a pureza Mas ela foge vadia Nunca temos a certeza Se em nós vive ou se vivia. O pensamento é soberano Tudo ordena e comanda E a alma do ser humano Cumpre sempre o que ele manda. Como ele corre veloz Para o mal e para o bem Com ele corremos nós Porque nada nos detém. O homem não é depravado Nem tem a alma pequena E se vive no pecado É o pensamento que ordena. Só a (...)
31 Out, 2005

A SORTE

Há caminhos movediços Em que se afundam pessoas Que não vencem os enguiços Sejam elas más ou boas… Vias há que são douradas Por onde passam pessoas Que ao invés das desgraçadas Nem sequer serão tão boas… Por estradas distorcidas Se perdem muitas pessoas Da vida desiludidas Sejam elas más ou boas… Neste mundo de contrastes Quem viu a sorte brilhou. A outros só os desastres A sorte (...)
20 Out, 2005

POEMA DO INFINITO

  Os longes da minha alma Deixam-me ficar sem calma Sem presente e sem futuro Não sei quem sou nem quem era Findou-se-me a Primavera Num tempo inda prematuro. Caminho sem parar e sem destino Hoje já nada é como era outrora Nunca mais voltarei a ser menino De sorrir nunca sinto que é a hora. Nas lágrimas dos teus olhos Vejo que muitos escolhos São causa da tua dor Erguendo os olhos ao céu Talvez tu rompas o véu Que encobre o teu grande amor. São as dores (...)
19 Out, 2005

A ENTREGA

Afinal tudo depende Da boa vontade humana Cedo ou tarde se arrepende Quem sobre a vida se engana Se lançando em correria Desnecessária e perdida Fazendo de cada dia Uma amargura de vida. De olhos cegos à verdade Seguindo um falso objectivo Da cegueira tão cativo Que não acha a liberdade, A qual paira derredor Flutuando na leveza De quem vive na certeza De que a vida é o amor! Só numa constante entrega Àqueles que mais amamos, A liberdade alcançamos E a nossa vida sossega...
18 Out, 2005

A LUZ

Como um fio de cabelo Da luz só uma fagulha Melhor passa um camelo Plo buraco duma agulha... Falamos ao mesmo tempo Cada um para seu lado Raramente o resultado Será de contentamento... Simples que seja o assunto Logo as opiniões se dividem Se delas duas coincidem Já será deveras muito... Cada um tem a certeza: Se não é do seu interesse Não vale a pena a franqueza E da luz logo se esquece... A minha verdade impera E de mim me faz um cego A razão ponho no prego E a luz na fila (...)
14 Out, 2005

OS ENGANOS

O tabaco não me engana Há já quase vinte anos Fiquei livre dos enganos Há cerca duma semana... Separados ou unidos Ambos corroem aos poucos Mata o primeiro os tecidos O segundo põe-nos loucos... Os maços dizem que matam A quem fuma seus cigarros Avisos que não acatam Os indivíduos bizarros... Diz-se: quem com ferros mata Com ferros morre também Quem nos engana ou empata Merece apenas desdém. Gosto muito de animais Em 'special de certos cães Porém não somos iguais São (...)
Sejam teus olhos as aves Que poisam na árvore boa Porque 'scolhendo entre as árvores Excluem a que destoa... Se já gostava do que ouvia Inda mais gosto do que vejo Se te amava por simpatia Agora amo-te e desejo! Somente pla fotografia Jamais ousaria prever Que ainda mais eu te amaria Se um dia te pudesse ver! Quem tem medo compra um cão Quem tem muito compra dois Quem plo amor passa em vão Vai (...)
21 Ago, 2005

FILHOS DO ALARDE

Batem asas enfurecidas por constante formigueiro de imaginárias formigas dentro do corpo em carreiro... A fúria gera conduta repulsiva da amizade que foge de liberdade mais que por razão astuta... As suas garras aduncas esmagam sadios frutos transfigurados em nuncas por arremedos abruptos... Os raios infravermelhos que disparam o alarme mostram atrás dos espelhos orgulhos filhos do alarde...
Que grilheta é esta que me prende por mais esforços que faça? Que espada é esta que pende sobre mim como ameaça? E me impedem o pensamento que já não corre veloz, grilheta, espada, tormento que falam a mesma voz! E me fazem viver um nada que num tudo se transforma e sempre mais se conforma com a forma da voz falada...
Ombreira separação do de dentro e do de fora dum lado tudo se ignora do outro a recordação. De um sopro muito ligeiro abana a porta buscada que toma a carta soprada pelo vento mensageiro. As linhas não dizem nada em sílabas de tinta branca e a porta já não se espanta de ficar sempre fechada...